domingo, 24 de abril de 2011

histórias de peixes

Lá vem eu dinovo contando coisa de peixe rsrsrsrs mas dessa vez sao varias histórias(individuais de varias pessoas diferentes) que eu achei no site Aqua Hobby, aí vao elas:


Dojô Teleporter

Quando começamos a montar nosso aquário (12 lts), meu esposo se interessou muito por um peixe "tipo cobra" que tinha visto em uma loja. Pesquisando fiquei sabendo que era um Dojô, obtive informações sobre ele e resolvi dá-lo de presente a ele. Bom... Dojô instalado, quieto no fundo, achamos que era o stress, tudo ótimo fui dormir enquanto meu esposo assistia um filme, dadas 3:00 horas da manhã, ele ouve um barulho, depois de umas 2 horas ele foi dormir e dizer "Boa Noite" ao seu presentinho..qdo ... cadê ele??? Deu um grito "O Dojô pulou do aquário!!!"... Procuramos e colocamos ele novamente dentro do aquário, tampando todos os buraquinhos do aquário. No dia seguinte fui dar comida e retirei a tampa quando levei um susto!! Quem havia pulado novamente do aquário na minha frente??? O Dojô... Resolvemos comprar um aquário maior, de 110lts. Ok, aquário montado e todos os buracos devidamente selados, após 1 semana, num domingo pela manhã, acordei e fui fazer a chamada para ver se ninguém comeu ninguém e fui brincar com meu esposo dizendo: "Benzinho.... Acho que o Dojô fugiu novamente", era para ser uma brincadeira... quando de repente olho para o chão e quem está lá??? O Dojô Suicida c/ Teleporter.. porque não havia meios dele ter saído de lá...Resolvi escrever esta História porque quando lí sobre o Dojô suicida ele saiu correndo para ver se o "nosso" suicida ainda estava lá dentro.

Pobre Lagosta

Tudo começou em uma das inúmeras visitas que faço a lojas de aquariofilia, quando observei uma pequena lagosta de água doce. Resolvi levá-la para casa e colocá-la em um pequeno aquário de 10 litros sem habitantes. Para sua maior comodidade, comprei uma pequena toca. Passado uma semana, comprei um pequeno paulistinha (apesar de ser advertido de que a lagosta provavelmente o devoraria). Mais uma semana se passou e o peixe chegava até a beliscar os bigodes da lagosta e ela nada fazia, convivendo-se pacificamente. Um dia... Onde está a lagosta? Havia sumido! Tirei a toca... Olhei por todos os lados... No chão em volta do aquário... E nada! Comentando com meu pai, ouvi a seguinte frase:

- Ah, então foi isso! Ao acordar, vi algo seco perto da cama (parecia um camarão), peguei e joguei-o fora. Então, essa era sua lagosta?!

Obs: A coitada pulou do aquário (por uma pequena fresta na parte traseira), atravessou um corredor, uma cozinha, uma sala de estar, outro corredor e finalmente chegou ao quarto. Percorrendo cerca de 20 metros em busca de água. Pobre lagosta.

O Lebiste Bissexual



Não é que me aparece um bicho desses pelo meu aquário? Eu estava observando meus Discos e resolvi dar uma olhada nos lebistes que eu deixo no aquário como produtores de alimentos vivos (os alevinos servem perfeitamente), quando de repente eu vejo um macho doidinho correndo atrás de fêmeas e forçando pra cruzar. E não é que ele começou a tentar cruzar com um macho também! O macho fugia pra tudo quanto é lado mas o bissexualzinho ia atrás e tentava cruzar de qualquer jeito. Vai entender esse mundo....


 Tartaruga Esperta


Moro na cidade de Rio Grande, sul do Rio Grande do Sul, onde curso a faculdade de Oceanologia. Aliás, os outros quatro locatários da casa também estão se graduando nesse curso. Dessa forma, considero perfeitamente normal que todos nós tenhamos um significativo interesse por seres aquáticos, bem como por aquários. Foi exatamente por esse motivo que a nossa colega, após quase pisar em cima de uma pequena tartaruga que passeava distraidamente em seu jardim, resolveu levá-la até nossa casa para que tratássemos dela. No início, Donatelo, como foi prontamente denominada a nossa tartaruguinha, parecia bastante apática. O aquário em que a colocamos era bastante pequeno (uns 20 litros) e continha uma grande pedra no meio, um pouco emersa, permitindo que o Donatelo pudesse sair da água. Era inverno, bastante frio no sul, provavelmente mantendo baixo o metabolismo da tartaruga, o que a tornava tão monótona. Dificilmente víamos ela comer os apetitosos camarões que lhe oferecíamos.

O tempo foi passando e a temperatura aumentava com a proximidade do verão. Já podíamos admirar o belo nado do Donatelo que, vez por outra, até arriscava sair da água, escalando a grande pedra. A pequena carpinha que convivia com ele, bem como um dos dois limpa-fundos, foram devorados. Nossa tartaruga, decisivamente, não parecia a mesma. Teria o demônio se apoderado de seu estranho corpo? Donatelo já nadava compulsivamente pelo minúsculo aquário. Dificilmente a víamos quieta.

Certo dia, cheguei da faculdade e fui observar como estava a tartaruga. Olhei para o aquário e não a encontrei. Procurei atrás da grande pedra e ela também não estava. Havia uns dez centímetros entre a borda do aquário e a parte mais alta da pedra. Talvez fosse exatamente esse o tamanho do Donatelo. Teria ele ficado em pé sobre a pedra e incorporado seu instinto alpinista, escalando aqueles dez centímetros de vidro? Olhei para o limpa-fundo que ainda restava e senti certa angústia, sabendo que ele seria incapaz de me explicar como o Donatelo havia fugido. Aquele aquário já não comportava mais sua necessidade de explorar novos mundos.

"O Donatelo fugiu!!!"

Foi esse o grito que pôde ser ouvido através das paredes da casa naquele momento. Começamos a busca, procurando sobre a grande prateleira que suportava o aquário, arredando inúmeros enfeites, o vídeo-cassete e a televisão. Em seguida, veio a vez do o chão, sob o sofá e as poltronas, nos cantinhos, sob a mesa, em direção à cozinha, aos quartos, no banheiro... E nada, o "Dona" havia evaporado. Caso realmente tivesse saltado da prateleira, a queda de 1,5 metros provavelmente o teria matado. Anoiteceu. Estávamos sentados no sofá, vendo televisão, quando descobri um lugar em que ainda não tínhamos procurado. Tratava-se de uma grande tina de bronze, onde guardávamos lenha para a lareira durante o inverno e algumas revistas nos meses de verão, e que ficava exatamente em baixo da prateleira do aquário. Caso o salto suicida da nossa tartaruga tenha se dado sobre as revistas da tina, ela poderia estar viva, lá dentro. Em seguida, meu colega foi até lá para verificar e a nossa surpresa: o Donatelo estava em suas mãos, feliz, faceiro e meio tonto, talvez.

A partir daquele dia passamos a acreditar na possível inteligência da nossa tartaruga. Primeiro, por escalar o aquário e, segundo, por escolher o único lugar em que teria chances de saltar e continuar viva, com a queda amortecida pelas revistas. Porém, para nossa sorte, sua inteligência ainda é um pouco limitada, já que ela não foi capaz de perceber que não poderia escalar a tina, ficando presa lá dentro. Pegamos o Donatelo e o devolvemos para o aquário.

 

Lama "Traiçoeira"

Saí com meu amigo Rogério para ir pescar no rio Tramandaí, no município de Osório, litoral do Rio Grande do Sul. O Rogério, que não era muito chegado a pescarias, foi com uma caixa de isopor cheia de cervejas. Quando chegamos no rio, descemos caminhando pelo leito por quase um quilômetro. Pulamos cercas, invadimos propriedades rurais e atravessamos pequenos córregos lodosos. A tarde prometia muito, eu interessado em pescar um grande bagre e trazer para meu laguinho de jardim e ele interessado nas cervejas. A noite começou a chegar, nada de bagre e os mosquitos chupavam nosso sangue. Agora precisávamos voltar todo o caminho e o sol desaparecia muito rápido. Quando chegamos no córrego eu atravessei pela ponte que era improvisada com uma tora de eucalipto e o Rogério:

- É muito fundo? Eu acho que não vou conseguir passar por este pau, eu vou por baixo...

Então ele colocou um pé que afundou na lama até as canelas, outro pé à frente, que afundou até o joelho. Na tentativa de escapar daquele lodo ia afundando cada vez mais. Ele já estava com a lama até o meio da cocha. A água era rasa mesmo, uns 15 cm, mas escondia um lodo bem profundo, e ele disse:

- Perdi meu chinelo.

Eu dava gargalhadas do outro lado porque a cena era muito engraçada, ele atolado no lodo com o chinelo preso lá embaixo e com o pé procurando encaixar no chinelo, daí ele falou:

- Consegui pegar! Puts, perdi o outro...

Eu não agüentava mais de tanto rir. Pescarias sempre tem Histórias para se guardar para o resto da vida, e essa era demais... Na realidade eu queria que ele tivesse atravessado por cima, e que tivesse pescado comigo, mas acho que ele não conseguiria mesmo passar pela ponte e isso já tinha valido o dia, daí ele gritou:

- Áiiiii... um bicho me mordeu.

Quando ele finalmente chegou do outro lado o nosso susto: dois furinhos redondos na barriga da perna e escorria muito sangue.

- Eu acho que uma cobra me mordeu.

- E vamos rápido para o hospital.

Eu sabia que havia muitas cobras naquele lugar, e naquela tarde mesmo, já tínhamos visto uma jararaca. Eu precisava correr porque a peçonha destes animais age rápido. No carro eu ia interrogando meu amigo:

- O que tu tá sentindo?

- Tá ficando quente. Tá queimando minha perna...

Ainda restavam mais uns 5 quilômetros até a cidade e eu precisaria perguntar onde que ficava o hospital porque eu não sabia...

- E agora, o que tu tá sentindo?

Duro como uma estaca, branco feito leite, com a voz embrulhada ele me respondeu:

- Meu pé tá formigando.

- Fica tranqüilo cara que nós já estamos chegando...

A vida do meu amigo se esvaindo e eu pedindo a Deus para não nos abandonar naquela hora, e que tivesse soro antiofídico no hospital. Era um sonho, aquilo não poderia estar acontecendo e eu só precisava de uma boa notícia. Finalmente a notícia chegou: O Rogério não havia sido picado por uma cobra, ele foi mordido por uma traíra. Infeliz daquele peixe que chupou o sangue alcoólico daquele mala!

Sexta-Feira 13

Vou contar para vocês meu drama, uma história triste que acredito seja a pior coisa que pode acontecer a um aquarista, por mas cuidadoso que ele seja. Há algum tempo eu crio alguns Bettas no meu apartamento e logo acabei me interessando no aquarismo em geral. Conversando com um amigo, ele me ofereceu o aquário que era do pai dele que, por estar de mudança, teria que se desfazer do aqua. Era um aquário de 80 L, com FBF, termostato, blablabla. Legal, comprei o aqua por uns 100 reais. Com o aqua em casa (desmontado), comecei a fazer pesquisas sobre o assunto, na internet, livros, revistas antigas e conversas intermináveis com o pessoal da lojas de aqua! Quase um mês depois do aquário comprado, com todo equipamento em mãos - desde teste de pH até limpador de algas (daquele magnético) finalmente resolvi arregaçar as mangas e montar o aqua! Algumas valisnérias, mais duas plantas que não sei o nome, dois troncos, uma vegetação rasteira artificial (parece de verdade) com pedra porosa por baixo (nunca usei), duas tocas, etc. Coloquei a água, já sem cloro e com pH reguladinho :). Depois de uma semana, tentando corrigir o pH que estava entre 6.6 e 6.8, resolvi popular apenas com peixes amazônicos porque a água seria mas adequada. Comecei a popular com: 6 rodóstomos, 4 rosáceos, 2 corídoras, 1 bandeira de uns 10 cm, lindo e extremamente inteligente, 4 borboletas, 12 neons, e um caramujo (o maior que eu já vi). Tudo isso no decorrer de dois meses, mas logo notei que já havia excedido o limite de peixes do meu aqua, mas...tudo bem, pH variando muito pouco. Comportamento dos peixes normal. Alimentados com Tetra Menu, TetraMin Pro e artêmia viva (só por algumas poucas vezes). Tudo ia de vento-em-popa, em três meses de aquário a única baixa foi um borboleta que pulou por uma fresta minúscula. Bom, depois dessa não tão breve introdução vou contar "a cronologia de uma tragédia":

11.04.2001 (quarta feira) - Dia de faxina! Sinfonar o fundo do aqua, troca parcial, tirar algumas algas verdes da parte anterior do aqua. Limpar a betteira dos meu 3 bettas.

12.04.2001 (quinta feira) - Pela 1ª vez vou ter que ficar o fim de semana fora. Era casamento de uma prima minha numa cidade uns 300 km da minha cidade. O casamento ia ser no sábado, mas na quinta nós já íamos para meu sítio que ficava no caminho. Bom, comprei uma ração "weekend", conferi tudo umas dez vezes e, por fim, fui viajar. Chegando no sítio me dei conta que tinha esquecido de trazer meu cinto. Daí passei a mão no telefone e falei pro meu irmão (que só ia na festa no dia) passar em casa pra pegar o bendito cinto.

13.04.2001 (sexta feira 13!) - Eram 8:30 e minha mãe entra no quarto e joga uma bomba: "Fernando! acorda! Teu aquário Vazou!" Meu irmão foi em casa e quando ele entra no corredor toma um baita escorregão, e quando se dá conta e olha o aquário, este tem apenas 10 cm de água e a casa está totalmente "inundada". Secou o que podia com toalhas e tal. Falei com ele, que tentava me tranquilizar com o fato de que aparentemente ninguém tinha morrido ("ainda", pensei eu). Fui pra estrada pegar um ônibus imediatamente (detalhe que era feriado), por fim, algumas horas depois cheguei em casa, e me deparei com aquela situação inédita (nunca li nada assim!). Dai só restava pensar: "bom...o único lugar onde posso colocar os peixes é no tanque de lavar roupa". Fui lá, esfreguei bem o tanque, coloquei a água do próprio aquário, umas valisnérias na superficie, um tronco, uma toca, uma pedra porosa e mandei todo mundo pra dentro! Esvasiei o aqua furado, limpei ele todo, etc. À essa altura já eram 21:00 e eu exausto! Descansei um pouco, esperei dar meia noite (sexta feira santa não se bebe) e saí pra tomar uma cervejinha! Encontrei um amigo...contei todo acontecido e ele falou:
- Poxa, vc merece tomar um porre hoje!
E não fiz diferente, tomei umas quantas! Eu merecia mesmo! Isso até 1:30 da manhã.

Chegando em casa, me preparando pra dormir toca o interfone. Quando eu atendi, era o zelador, que falou:

- Escuta, posso subir ai? porque a sua vizinha de baixo tá reclamando que tem um vazamento monstro no banheiro dela.

- pode, pode... (respondi bem bêbado)

Bom, era impossível esconder o que tinha acontecido, daí contei tudo! Só que por minha sorte o zelador já teve um aquário! Dai mostrei os peixes pra ele, expliquei cada um pra ele, dei a maior aula de aquarismo pra ele, pra vocês terem uma idéia, eu tava tão ruim que eu não conseguia pronunciar "rodóstomos"...saia "rrossossomuuusss" :). Depois de um bom tempo de conversa o zelador já estava disposto a montar um aquário amazônico na casa dele. :)

14.04.2001 (sábado) - Peixes OK! Fui de carro com meu irmão para o casamento, baita festa! Só que no buffet me recusei a comer qualquer coisa que lembrasse um peixe!

15.04.2001 (domingo de páscoa) - "Dor de cabeça, churrasco, sinuca, um pouco de chocolate."

16.04.2001 (segunda feira) - Cheguei em casa com um aquário de 20 L para colocar todo mundo dentro. Por incrível que pareça, a única baixa foi de outro borboleta que pulou. Coloquei pedras no fundo, mais umas valisnérias, uma toca, pedrinha porosa e mandei todo mundo pra lá (aqua superlotado)! Bom...até o fim da noite já se foram 6 neons e já se tornou óbvia a presença de íctio em quase todos peixes e um fungo enorme na boca de um borboleta :(

17.04.2001 (terça feira) - Todos os doze neons se foram. Quanto ao íctio, seguindo as instruções do meu amigo, instalei o aquecedor, e expliquei minuciosamente para o meu pai como funcionava, porque eu teria que passar a tarde na faculdade. Chegando em casa me deparei com uma cena de Vietnã! Nove peixes mortos (6 rodóstomos, 2 borboletas, 1 rosáceo), temperatura "bombando" nos 36°C!

20.04.2001 (sexta feira) - Restaram 2 rosáceos, 2 corídoras e o caramujo. O íctio já esta desaparecendo, apenas um dos rosáceos está com a nadadeira caudal um pouco danificada. As coridoras estão OK! Caramujo OK! Peixes já se alimentam normalmente. Agora não morre mais ninguem! :) Meu acará bandeira está numa boa, levei de volta pra loja onde estão cuidando dele.

Bom, agora com toda essa experiência vocês acham que eu vou desistir do aquarismo? Tomei a decisão de me livrar desse aquário de 80 L, vou dar pro meu priminho! Vou esperar uns tempos e "dar entrada" num aqua de no mínimo 150 L :). Se faltar espaço no balcão, eu tiro a televisão...mudo o computador de lugar...

Mussum Dedetizador
Esse foi um fato real que acabou virando lenda devido ao seu alto grau imaginário...

Dia destes peguei um mussum (peixe que parece uma cobra, que chega a 1 metro de comprimento) num açude que tinhamos na fazenda. Devia ter uns 35 cm, e coloquei dentro do meu aquário (110 litros). Até ai tudo bem, ele comia os outros peixes, desenterrava plantas, destruía tudo, mas me afeiçoei pelo bichinho...

Mas não demorou muito e ele sumiu do aquário. Procurei por todos os lados, arrastei móveis, fiz de tudo, e nada do mussum aparecer. Então quando andava pela cozinha, que fica do outro lado da casa, achei ele...comendo uma barata! Acreditam? Nem eu!

Mas foi o que aconteceu, desde então nunca mais precisei dedetizar a casa...

O Selvagem da Poça

Bem, "aquarista de carteirinha" que se preza jamais passa por uma poça d´água sem procurar por peixes, crustáceos, ou qualquer outra forma de vida. É um "mundinho" todo especial, que muitas vezes nos traz surpresas interessantes. Um dia, encontrei e resgatei dois pequenos acarás que agonizavam em uma poça de água lamacenta. Envolvi-os em um trapo umedecido na própria poça e levei-os o mais rapidamente possível para casa. Soltei-os em um aquário de cerca de 45 L, onde viviam alguns platys e espadas. Apenas um salvou-se, o outro morreu ainda na primeira noite. Desde o início, os peixes do aquário ficaram "perturbados". Evidentemente, eu sabia da notória voracidade dos ciclídeos. Entretanto, acreditava que o acará estava suficientemente enfraquecido para dar uma trégua aos outros peixes. Ledo engano!

Mal o acará passou a nadar equilibradamente, seu apetite foi restabelecido. Prontamente, apesar da disponibilidade de comida seca, ele começou a devorar os inocentes companheiros de aquário. Inicialmente, eu não encontrava quaisquer restos denunciadores dos ataques mas, após algum tempo, começaram a sobrar carcaças. Enfim, em pouco tempo o acará estava sozinho. Dizimada a população de peixes, o acará voltou-se para as plantas. Eliminadas todas as plantas, o meu hóspede resolveu fazer uma reforma no ambiente. Passou a revolver o fundo de cascalho, com o propósito de construir um abrigo. Abocanhava e cuspia o cascalho com disposição em direção ao vidro frontal. Ao final de algum tempo, ele conseguiu erguer uma barreira atrás da qual se escondia.

Tive que viajar a serviço, e passei cerca de 5 meses fora. Nesse período, meu irmão, sem nenhuma preocupação especial, zelou pelo meu hóspede. Não sei se ele deu comida ao peixe, ou mesmo se efetuou alguma troca de água. É mais provável que o aquário tenha sido deixado de lado. Ao retornar, para minha surpresa, lá estava o "danado", saudável e crescido. O aquário, é bem verdade, havia transformado-se em um ambiente inóspito. A água estava turva e mal-cheirosa. De imediato entendi a "mensagem". A situação já havia ultrapassado todos os limites. Peguei um balde, pus o acará dentro e soltei-o no mesmo local onde o havia recolhido. Êta peixinho resistente!

Bom gente...é isso

tchau

ÍCARO

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