domingo, 24 de julho de 2011

histórias de peixes

Oi seus fudidos,hoje eu vo posta,e voceis tem que gostá sewus fila da puta

OBS:As histórias nao sao minhas,mas sim do site aquahobby


O Trico e a Rosa

Quando montei o meu primeiro aquário, por falta de experiência, ele não possuía tampa. Ganhei peixes de várias espécies, inclusive um tricogaster azul - o meu xodó. E por um bom tempo (40 dias), ele ficou destampado, até que um belo dia, procurei pelo meu peixinho de estimação e não encontrei. Fiquei desesperada, olhei para o chão, atrás do móvel e nada! Adivinha onde ele estava? Só vendo para acreditar: ele estava preso dentro de uma jarrinha que enfeitava meu móvel, e que se encontrava do lado esquerdo do aqúário; lá estava ele verticalmente (de cabeça para baixo) e esperneava compulsivamente. A cena foi até engraçada: eu gritando, e um peixe esprimido numa jarrinha de cristal dividindo seu apertado espaço com duas rosas.

Brincando de Morto

Tarde da noite há cerca de uma semana, eu notei que um dos quatro Bala Sharks adultos que eu tenho não parecia muito bem. De fato, ele estava na superfície respirando com dificuldade. Pouco depois, ele virou de barriga pra cima e quase não respirava mais. Eu notei o que pareciam areas vermelhas perto das nadadeiras peitorais, então simplesmente assumi que era hora deste sujeito ir para o céu dos peixinhos.

Como era hora de dormir, eu não quis deixar um peixe morto no tanque a noite inteira, então peguei a rede e o capturei. Agora, note que este peixe esteve de barriga para cima por pelo menos 10 minutos e a respiração só não tinha parado completamente quando eu peguei a rede. No entanto, uma vez na rede ele começou a se debater para todo lado. Eu o soltei de volta no aquário e mais uma vez, barriga pra cima e quase nada de respirar. Eu dei mais uns 10 minutos e nada mudou. Peguei-o novamente, e a mesma coisa aconteceu, se debatendo como se não houvesse amanhã. Isto se repetiu por mais 30 minutos até que finalmente, quando o soltei pela última vez ele caiu para o fundo e ficou preso entre duas folhas de uma grande planta amazonense. Eu resolvi deixá-lo por ali e fui dormir.

Na manhã seguinte eu sabia que estaria "pescando" um peixe morto, mais eis que encontro o sujeito nadando com os colegas como se nada tivesse acontecido. Vai entender!

Desde aquele episódio, ele não mostrou mais nenhum sinal de stress ou "barriga pra cima" e está indo muito bem.

Novamente, não estou dizendo que quando chegou a hora de ir não devemos tomar as medidas necessárias para ajudar os nossos peixes a se livrarem do martírio, mas esta foi uma experiência que eu não tinha visto ainda e eu lido com peixes há MUITO tempo. 


Kuhli Rambo

Há um ano adquiri uma Kuhli. Gostei dela quando a vi na loja e serviu para diversificar um pouco meu aquário, afinal ela tem corpo com padrão diferente (se parece com um pequena cobrinha). Quando comprei tinha no aquário pedras um tantos grandes no fundo e ela logo foi parar no fundo, sempre se escondendo. Só a via de noite quando saia pra comer. Um dia meu aquário apresentou vazamento. Fui obrigado a retirar tudo (peixes, pedras, plantas) pra levar ao vidraceiro pra corrigir. Mas não encontrei a Kuhli. Separei num balde a água, e em outro as pedras. Aquário consertado depois de 2 dias coloquei tudo de volta. Para minha surpresa encontrei a Kuhli nadando. "Mas era impossível!!!" - pensei... no balde de água não estava. Deduzi que ela tinha ficado no balde de pedras. Mas como conseguiu resistir 2 dias sem água?? Depois deste episódio nunca mais a vi. Troquei as pedras por novas que quase são areia mas nada de Kuhli. Vou adquirir outra. Com pedras menores ela não tem como ficar sempre escondida, e pode nadar para que todos possam vê-la.

Bichir Impaciente

Peixes novos são sempre interessantes de se observar, e peixes antigos podem te surpreender também.

Não mais do que 20 minutos atrás eu fui alimentar o meu Bichir e a minha Barracuda Gar. Na minha rotina matinal eu coloquei um balde com alguns guarus perto do aquário e fui dar comida em outros tanques. Depois de alguns minutos distraído com uma família nova de gobies, eu escutei um splash. Splash!?!?!? Eu corri para o tanque. Ali, no balde com os guarus, estava o meu Bichir (com alguns guarus a menos).

Alguns peixes nem conseguem esperar pelo café da manhã!


Cesariana

Uma molinésia que eu tinha comprado há uma semana pegou íctio, e estava quase morrendo. Quando ela estava em estado terminal eu tirei-a do aquário, abri a barriga dela, tirei cerca de 13 filhotes e joguei-os num pote de sorvete com algumas plantas. A maioria dos filhotes ainda não estavam formados e não tinham nem cauda ainda. Dois dias depois fui até o pote para jogar fora os alevinos que eu pensava estarem mortos, mas quando eu fui pegá-los 2 se mostraram ativos nadando no fundo do pote. Os dois sobreviventes estão vivos até hoje e têm 1 mês de vida :-) 

O Bom Filho à Casa Torna

Como faz tempo que não contribuo para este ótimo site especializado, achei legal agora trazer um testemunho de minha experiência com a criação de ciclídeos. Dos 9 aquas que mantinha desde 2000 em minha casa (comportando 35 espécies e quase 300 indivíduos), atualmente remanesce apenas um, de 300 litros.

Nele, solitariamente vive meu último ciclídeo, uma Tilápia Buttikoferi (Zebrinha) de aproximadamente 35 cm, com 4 anos de idade. Arisco eremita, minha Tilápia é hoje um companheiro de saudades. Comprei-o quando ele ainda era um garotinho briguento de 2 cm. Ele e seus quatro irmãos faziam horrores no meu primeiro aqua, por coincidência o mesmo que hoje ainda persiste. Vi-lo crescer, matar minhas ampulárias, meus kois, dragões chineses, pitus, dentre outros de uma extensa lista de infelizes escolhas. Mas nunca senti raiva dele, ao contrário, ficava feliz em ver que o rapazote estava com uma saúde de touro, quer dizer, de tilápia.

Passou-se o tempo, e ele ali, crescendo, crescendo e matando, matando meus outros peixes. Até que chegou um momento que não era mais possível manter as 5 tilápias e as outras espécies no mesmo ambiente. Resolvi comprar outro aqua, de 120 litros. E nessa História foram mais 7 aquas, sendo o último, uma caixa d´água de 500 litros que mantinha no terraço do apartamento que vivia com meus pais e irmão. Terminei a faculdade e passei em concurso público. Transferido para Natal - RN, passei 9 meses e conheci outro louco por cilídeos africanos, o Dr. Emílio Hipólito, fervoroso visitante deste site.

Transferido novamente, morei em Recife - PE, por quase 2 anos. Foi tempo suficiente para ver minha prole definhar de saudades de mim, haja vista residirem todos em meu aqua, digo, quarto, na casa dos pais em João Pessoa. Apesar de todos lá estarem sempre alimentando meu ciclídeos, cuidando direitinho, puxando a fiação do gerador quando faltava energia para as bombas submersas, faltava o olhar crítico do dono, do pai de todos eles.

E apesar de retornar a Jampa quase todos os finais-de-semana, não era capaz de salvar meu peixinhos que, da falta que sentiam de mim, jaziam alguns por semana, chegando ao ponto de eu guardar luto semanal de até 5 indivíduos. Assim, desanimado, fui perdendo o gosto pela criação e pela aquariofilia. Das 5 tilápias, 2 morreram com mais de 2 anos de idade, outras 2 tive que soltá-las no zoológico da cidade. Mas o derradeiro permanecia, firme, forte e com muita fome...

Desfiz-me de todos os aquas, a exceção de primeiro, onde conviviam cerca de 19 ciclídeos africanos, um acari e meu zebrinha. Como o colega já estava bastante crescido (20 cm), decidi doá-lo a um amigo que tinha uma loja de animais, com o intuito e a esperança de que outro apaixonado por peixes tomasse conta dele e desse uma casa maior e mais confortável. Mas sempre que eu ia comprar ração para meus outros peixes, encontrava-o num aquário sujo, escuro e triste da última prateleira da loja, à espera de uma boa alma que o levasse para outro lugar, ou que o destino o carregasse para o paraíso dos peixes.

Passados quase 4 meses, lá estava o peixe que vi crescer, agora triste e solitário. Meu coração doía, mas não podia trazê-lo de volta porque meu aqua estava na mais perfeita harmonia e equilíbrio, situação jamais vista quando lá residia o amigo aquático. A tortura me corroía a alma, e minha buttikoferi, como que me conhecesse, fazia o maior auê no pequeno aquário que comportava seus mais de 20 cm. Mas um dia, ao vê-lo doente, cheio de fungos, quase “branco de algodão”, não suportei minha omissão: arrebatei-a do aqua da loja, levei-a para casa, e fiquei, por quase um mês, cuidando do filho que desprezei por tanto tempo.

Por milagre, ele se recuperou, apesar de ter ficado com algumas cicatrizes, verdadeiros troféus de guerra. Transferi-o para sua primeira casa. Aos poucos, meu terror do aquário deu cabo de todos os demais condôminos, a exceção de um acari de quase 20 cm, que vivia escondido entre as pedras. E essa é minha História. Hoje meu querido peixinho faz 4 anos de uma vida muito bem vivida, de lutas, vitórias e derrotas, acertos e erros. Minha nova aventura agora é convencer a esposa (casei em setembro/2003), a deixar eu trazer meu aqua para nosso novo apartamento. Acho que essa História será mais longa. Fica para a próxima... 


Cobrinha Inteligente

Certa vez adquiri um fihotinho da cobra Liophis miliaris (cobra-d'água). Coloquei então a bichinha dentro de um aquaterrário de 80 cm com móvel. Junto tinha alguns Tricogasters grandes e uns peixinhos pequenos para ela comer.

Numa certa manhã acordei, fui ver a bichinha e a danada havia sumido. Procurei por todo o aquário, nos esconderijos, troncos e nada. Comecei a procurar por toda sala e nada de encontrar. Depois de mais de uma hora procurando, resolvi desistir.

Então fui alimentar meus peixes, primeiro os que estavam dentro do aquário e depois o meu Betta que ficava num mini aquário redondo na parte de baixo do móvel do aquário. Ué, cadê meu beta? Sumiu! Adivinha quem estava dentro do vidro, enroladinha, quietinha e com o meio da barriga dilatada? Ela mesma, a danadinha da cobra. Será que ela se lembrou que em baixo do aquário tinha um peixinho para ela jantar, já que no dia anterior ainda brinquei, mostrando o betta a ela? 

Espada do Além

Tenho um aquário, que na época do ocorrido contava com 7 espadas. Alguns dias depois de adquirí-los, num domingo à noite, notei que estava faltando um deles no aquário. Qual não foi minha surpresa quando o vi no chão: seco, cheio de pó e enrolado em fio de cabelo. Achei que estava morto. Minha esposa pediu que eu o colocasse num copinho com água e assim o fiz. Mas lá estava ele, parecendo um bacalhau seco de sexta feira santa.

Quando observei mais atentamente, vi que uma das nadadeiras se mexia bem devagarinho. De imediato tirei o cabelo que o envolvia e o tucho de pó que estava grudado e fiquei observando. De repente deu umas mexidas e por fim coloquei no aquário. No dia seguinte lá estava ele brigando por seu território, junto com seus comparsas. Depois de praticamente 8 meses, mais precisamente 22.05.2004, ele bateu as botas. Mas que foi algo inusitado, foi. 


Casa Limpa é Outra Coisa

Fui fazer a troca parcial da semana e de quebra inserir novas plantinhas no aquário. Tirei uns 30% da água e, pra não ficar com barulheira na cabeça, desliguei o filtro.

Preparei a água e a deixei descansando, enquanto preparava as plantinhas novas, fazendo podas e lavando-as. Muito tempo depois, fui colocar as plantas. Analisei onde ficariam bonitas, plantei trocentas mudinhas e enchi o fundo.

Depois de muito tempo fui encher o aqua de novo. Enchi e, quando enfiei o filtro dentro d'água para enchê-lo, adivinha! Ouvi um "ploft"! Era o cascudo que estava dentro do filtro fazia uma cara! Levei o maior susto! Depois dessa acho que ele não vai xeretar mais em lugar nenhum, hehe. 


O Selvagem da Poça

Bem, "aquarista de carteirinha" que se preza jamais passa por uma poça d´água sem procurar por peixes, crustáceos, ou qualquer outra forma de vida. É um "mundinho" todo especial, que muitas vezes nos traz surpresas interessantes. Um dia, encontrei e resgatei dois pequenos acarás que agonizavam em uma poça de água lamacenta. Envolvi-os em um trapo umedecido na própria poça e levei-os o mais rapidamente possível para casa. Soltei-os em um aquário de cerca de 45 L, onde viviam alguns platys e espadas. Apenas um salvou-se, o outro morreu ainda na primeira noite. Desde o início, os peixes do aquário ficaram "perturbados". Evidentemente, eu sabia da notória voracidade dos ciclídeos. Entretanto, acreditava que o acará estava suficientemente enfraquecido para dar uma trégua aos outros peixes. Ledo engano!

Mal o acará passou a nadar equilibradamente, seu apetite foi restabelecido. Prontamente, apesar da disponibilidade de comida seca, ele começou a devorar os inocentes companheiros de aquário. Inicialmente, eu não encontrava quaisquer restos denunciadores dos ataques mas, após algum tempo, começaram a sobrar carcaças. Enfim, em pouco tempo o acará estava sozinho. Dizimada a população de peixes, o acará voltou-se para as plantas. Eliminadas todas as plantas, o meu hóspede resolveu fazer uma reforma no ambiente. Passou a revolver o fundo de cascalho, com o propósito de construir um abrigo. Abocanhava e cuspia o cascalho com disposição em direção ao vidro frontal. Ao final de algum tempo, ele conseguiu erguer uma barreira atrás da qual se escondia.

Tive que viajar a serviço, e passei cerca de 5 meses fora. Nesse período, meu irmão, sem nenhuma preocupação especial, zelou pelo meu hóspede. Não sei se ele deu comida ao peixe, ou mesmo se efetuou alguma troca de água. É mais provável que o aquário tenha sido deixado de lado. Ao retornar, para minha surpresa, lá estava o "danado", saudável e crescido. O aquário, é bem verdade, havia transformado-se em um ambiente inóspito. A água estava turva e mal-cheirosa. De imediato entendi a "mensagem". A situação já havia ultrapassado todos os limites. Peguei um balde, pus o acará dentro e soltei-o no mesmo local onde o havia recolhido. Êta peixinho resistente!

Lama "Traiçoeira"

A História que vou contar ocorreu a uns dois anos atrás sábado a tarde:

Saí com meu amigo Rogério para ir pescar no rio Tramandaí, no município de Osório, litoral do Rio Grande do Sul. O Rogério, que não era muito chegado a pescarias, foi com uma caixa de isopor cheia de cervejas. Quando chegamos no rio, descemos caminhando pelo leito por quase um quilômetro. Pulamos cercas, invadimos propriedades rurais e atravessamos pequenos córregos lodosos. A tarde prometia muito, eu interessado em pescar um grande bagre e trazer para meu laguinho de jardim e ele interessado nas cervejas. A noite começou a chegar, nada de bagre e os mosquitos chupavam nosso sangue. Agora precisávamos voltar todo o caminho e o sol desaparecia muito rápido. Quando chegamos no córrego eu atravessei pela ponte que era improvisada com uma tora de eucalipto e o Rogério:

- É muito fundo? Eu acho que não vou conseguir passar por este pau, eu vou por baixo...

Então ele colocou um pé que afundou na lama até as canelas, outro pé à frente, que afundou até o joelho. Na tentativa de escapar daquele lodo ia afundando cada vez mais. Ele já estava com a lama até o meio da cocha. A água era rasa mesmo, uns 15 cm, mas escondia um lodo bem profundo, e ele disse:

- Perdi meu chinelo.

Eu dava gargalhadas do outro lado porque a cena era muito engraçada, ele atolado no lodo com o chinelo preso lá embaixo e com o pé procurando encaixar no chinelo, daí ele falou:

- Consegui pegar! Puts, perdi o outro...

Eu não agüentava mais de tanto rir. Pescarias sempre tem Histórias para se guardar para o resto da vida, e essa era demais... Na realidade eu queria que ele tivesse atravessado por cima, e que tivesse pescado comigo, mas acho que ele não conseguiria mesmo passar pela ponte e isso já tinha valido o dia, daí ele gritou:

- Áiiiii... um bicho me mordeu.

Quando ele finalmente chegou do outro lado o nosso susto: dois furinhos redondos na barriga da perna e escorria muito sangue.

- Eu acho que uma cobra me mordeu.

- E vamos rápido para o hospital.

Eu sabia que havia muitas cobras naquele lugar, e naquela tarde mesmo, já tínhamos visto uma jararaca. Eu precisava correr porque a peçonha destes animais age rápido. No carro eu ia interrogando meu amigo:

- O que tu tá sentindo?

- Tá ficando quente. Tá queimando minha perna...

Ainda restavam mais uns 5 quilômetros até a cidade e eu precisaria perguntar onde que ficava o hospital porque eu não sabia...

- E agora, o que tu tá sentindo?

Duro como uma estaca, branco feito leite, com a voz embrulhada ele me respondeu:

- Meu pé tá formigando.

- Fica tranqüilo cara que nós já estamos chegando...

A vida do meu amigo se esvaindo e eu pedindo a Deus para não nos abandonar naquela hora, e que tivesse soro antiofídico no hospital. Era um sonho, aquilo não poderia estar acontecendo e eu só precisava de uma boa notícia. Finalmente a notícia chegou: O Rogério não havia sido picado por uma cobra, ele foi mordido por uma traíra. Infeliz daquele peixe que chupou o sangue alcoólico daquele mala!


Sexta-Feira 13




Vou contar para vocês meu drama, uma história triste que acredito seja a pior coisa que pode acontecer a um aquarista, por mas cuidadoso que ele seja. Há algum tempo eu crio alguns Bettas no meu apartamento e logo acabei me interessando no aquarismo em geral. Conversando com um amigo, ele me ofereceu o aquário que era do pai dele que, por estar de mudança, teria que se desfazer do aqua. Era um aquário de 80 L, com FBF, termostato, blablabla. Legal, comprei o aqua por uns 100 reais. Com o aqua em casa (desmontado), comecei a fazer pesquisas sobre o assunto, na internet, livros, revistas antigas e conversas intermináveis com o pessoal da lojas de aqua! Quase um mês depois do aquário comprado, com todo equipamento em mãos - desde teste de pH até limpador de algas (daquele magnético) finalmente resolvi arregaçar as mangas e montar o aqua! Algumas valisnérias, mais duas plantas que não sei o nome, dois troncos, uma vegetação rasteira artificial (parece de verdade) com pedra porosa por baixo (nunca usei), duas tocas, etc. Coloquei a água, já sem cloro e com pH reguladinho :). Depois de uma semana, tentando corrigir o pH que estava entre 6.6 e 6.8, resolvi popular apenas com peixes amazônicos porque a água seria mas adequada. Comecei a popular com: 6 rodóstomos, 4 rosáceos, 2 corídoras, 1 bandeira de uns 10 cm, lindo e extremamente inteligente, 4 borboletas, 12 neons, e um caramujo (o maior que eu já vi). Tudo isso no decorrer de dois meses, mas logo notei que já havia excedido o limite de peixes do meu aqua, mas...tudo bem, pH variando muito pouco. Comportamento dos peixes normal. Alimentados com Tetra Menu, TetraMin Pro e artêmia viva (só por algumas poucas vezes). Tudo ia de vento-em-popa, em três meses de aquário a única baixa foi um borboleta que pulou por uma fresta minúscula. Bom, depois dessa não tão breve introdução vou contar "a cronologia de uma tragédia":

11.04.2001 (quarta feira) - Dia de faxina! Sinfonar o fundo do aqua, troca parcial, tirar algumas algas verdes da parte anterior do aqua. Limpar a betteira dos meu 3 bettas.

12.04.2001 (quinta feira) - Pela 1ª vez vou ter que ficar o fim de semana fora. Era casamento de uma prima minha numa cidade uns 300 km da minha cidade. O casamento ia ser no sábado, mas na quinta nós já íamos para meu sítio que ficava no caminho. Bom, comprei uma ração "weekend", conferi tudo umas dez vezes e, por fim, fui viajar. Chegando no sítio me dei conta que tinha esquecido de trazer meu cinto. Daí passei a mão no telefone e falei pro meu irmão (que só ia na festa no dia) passar em casa pra pegar o bendito cinto.

13.04.2001 (sexta feira 13!) - Eram 8:30 e minha mãe entra no quarto e joga uma bomba: "Fernando! acorda! Teu aquário Vazou!" Meu irmão foi em casa e quando ele entra no corredor toma um baita escorregão, e quando se dá conta e olha o aquário, este tem apenas 10 cm de água e a casa está totalmente "inundada". Secou o que podia com toalhas e tal. Falei com ele, que tentava me tranquilizar com o fato de que aparentemente ninguém tinha morrido ("ainda", pensei eu). Fui pra estrada pegar um ônibus imediatamente (detalhe que era feriado), por fim, algumas horas depois cheguei em casa, e me deparei com aquela situação inédita (nunca li nada assim!). Dai só restava pensar: "bom...o único lugar onde posso colocar os peixes é no tanque de lavar roupa". Fui lá, esfreguei bem o tanque, coloquei a água do próprio aquário, umas valisnérias na superficie, um tronco, uma toca, uma pedra porosa e mandei todo mundo pra dentro! Esvasiei o aqua furado, limpei ele todo, etc. À essa altura já eram 21:00 e eu exausto! Descansei um pouco, esperei dar meia noite (sexta feira santa não se bebe) e saí pra tomar uma cervejinha! Encontrei um amigo...contei todo acontecido e ele falou:
- Poxa, vc merece tomar um porre hoje!
E não fiz diferente, tomei umas quantas! Eu merecia mesmo! Isso até 1:30 da manhã.

Chegando em casa, me preparando pra dormir toca o interfone. Quando eu atendi, era o zelador, que falou:

- Escuta, posso subir ai? porque a sua vizinha de baixo tá reclamando que tem um vazamento monstro no banheiro dela.

- pode, pode... (respondi bem bêbado)

Bom, era impossível esconder o que tinha acontecido, daí contei tudo! Só que por minha sorte o zelador já teve um aquário! Dai mostrei os peixes pra ele, expliquei cada um pra ele, dei a maior aula de aquarismo pra ele, pra vocês terem uma idéia, eu tava tão ruim que eu não conseguia pronunciar "rodóstomos"...saia "rrossossomuuusss" :). Depois de um bom tempo de conversa o zelador já estava disposto a montar um aquário amazônico na casa dele. :)

14.04.2001 (sábado) - Peixes OK! Fui de carro com meu irmão para o casamento, baita festa! Só que no buffet me recusei a comer qualquer coisa que lembrasse um peixe!

15.04.2001 (domingo de páscoa) - "Dor de cabeça, churrasco, sinuca, um pouco de chocolate."

16.04.2001 (segunda feira) - Cheguei em casa com um aquário de 20 L para colocar todo mundo dentro. Por incrível que pareça, a única baixa foi de outro borboleta que pulou. Coloquei pedras no fundo, mais umas valisnérias, uma toca, pedrinha porosa e mandei todo mundo pra lá (aqua superlotado)! Bom...até o fim da noite já se foram 6 neons e já se tornou óbvia a presença de íctio em quase todos peixes e um fungo enorme na boca de um borboleta :(

17.04.2001 (terça feira) - Todos os doze neons se foram. Quanto ao íctio, seguindo as instruções do meu amigo, instalei o aquecedor, e expliquei minuciosamente para o meu pai como funcionava, porque eu teria que passar a tarde na faculdade. Chegando em casa me deparei com uma cena de Vietnã! Nove peixes mortos (6 rodóstomos, 2 borboletas, 1 rosáceo), temperatura "bombando" nos 36°C!

20.04.2001 (sexta feira) - Restaram 2 rosáceos, 2 corídoras e o caramujo. O íctio já esta desaparecendo, apenas um dos rosáceos está com a nadadeira caudal um pouco danificada. As coridoras estão OK! Caramujo OK! Peixes já se alimentam normalmente. Agora não morre mais ninguem! :) Meu acará bandeira está numa boa, levei de volta pra loja onde estão cuidando dele.

Bom, agora com toda essa experiência vocês acham que eu vou desistir do aquarismo? Tomei a decisão de me livrar desse aquário de 80 L, vou dar pro meu priminho! Vou esperar uns tempos e "dar entrada" num aqua de no mínimo 150 L :). Se faltar espaço no balcão, eu tiro a televisão...mudo o computador de lugar...



Bom é isso seus fudidos ,otro dia posto mais,e antes que se perguntem,sim,sou aquarista...


ÍCARO

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